sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Insuficiencia Cardiaca



O que é?
O coração é um músculo formado por duas metades, a direita e a esquerda. Quando uma dessas cavidades falha como bomba, não sendo capaz de enviar adiante todo o sangue que recebe, falamos que há insuficiência cardíaca.
A Insuficiência Cardíaca (IC) não é uma doença do coração por si só. É uma incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de outras enfermidades, do próprio coração ou de outros órgãos.
Como se desenvolve?
Existem a Insuficiência Cardíaca Aguda (ICA) e a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). A Insuficiência Cardíaca Aguda é um acontecimento súbito e catastrófico e que ocorre devido à qualquer situação que torne o coração incapaz de uma ação eficaz.
Geralmente a Insuficiência Cardíaca Aguda é conseqüente a um infarto do miocárdio, ou a uma arritmia severa do coração.
Existem ainda as Insuficiências Cardíacas Agudas provocadas por doenças não cardíacas.
Exemplo delas são a hemorragia severa, o traumatismo cerebral grave e o choque elétrico de alta voltagem.
A Insuficiência Cardíaca Aguda é uma situação grave, exige tratamento médico emergencial, e mesmo assim é, muitas vezes, fatal.
A Insuficiência Cardíaca Congestiva pode aparecer de modo agudo mas geralmente se desenvolve gradualmente, às vezes durante anos. Sendo uma condição crônica, gera a possibilidade de adaptações do coração o que pode permitir uma vida prolongada, às vezes com alguma limitação aos seus portadores, se tratada corretamente.
As principais causas de insuficiência cardíaca são as que se seguem:
 Doenças que podem alterar a contractilidade do coração. A causa mais freqüente é a doença ateroesclerótica do coração.
Doenças que exigem um esforço maior do músculo cardíaco. É o que ocorre na hipertensão arterial ou na estenose (estreitamento) da válvula aórtica que, com o tempo, podem levar à Insuficiência Cardíaca Congestiva do ventrículo esquerdo. Doenças pulmonares como o enfisema podem aumentar a resistência para a parte direita do coração e eventualmente levar à Insuficiência Cardíaca Congestiva do ventrículo direito.
Doenças que podem fazer com que uma quantidade maior de sangue retorne ao coração, como o hipertireoidismo, a anemia severa e as doenças congênitas do coração. A insuficiência de válvulas (quando não fecham bem) pode fazer com que uma quantidade de sangue maior reflua para dentro das cavidades e o coração poderá descompensar por ser incapaz de bombear o excesso de oferta.
As manifestações de Insuficiência Cardíaca Congestiva variam conforme a natureza do estresse ao qual o coração é submetido, da sua resposta, bem como de qual dos ventrículos está mais envolvido. O ventrículo esquerdo costuma falhar antes do direito, mas às vezes os dois estão insuficientes simultaneamente.
O que se sente?
Falhando o ventrículo esquerdo, o território que congestiona é o pulmonar. Isso explica a falta de ar, que de início surge aos grandes esforços, depois aos médios, terminando pela falta de ar mesmo em repouso. Com a piora surge a ortopnéia, a falta de ar quando deitado. A pessoa pode acordar durante a noite devido a falta de ar o que a obriga a sentar para obter algum alívio. É a dispnéia paroxística noturna. Isso pode evoluir ainda para um quadro ainda mais grave de descompensação esquerda denominado de edema agudo de pulmão, grave, e que termina em morte se não tratado de urgência.
Falhando o ventrículo direito surge o edema, ou o inchume, principalmente das pernas e do fígado, além de outros órgãos, tudo provocado pelo acúmulo de líquidos nesses órgãos.
Como o médico faz o diagnóstico?
O médico faz o diagnóstico através de um exame clínico:
Ausculta cardíaca (sopros)
Ausculta pulmonar (chiado)
Edema das pernas
Pode, ainda, utilizar exames complementares como:
 Radiografia de tórax (que visualiza o aumento do coração).
Ecocardiografia (que mostra o coração em funcionamento, podendo ser visualizada a insuficiência cardíaca mais detalhadamente), entre outros.
Como se trata?
Há a necessidade de tratar, se possível, a doença subjacente que desencadeou a Insuficiência Cardíaca Congestiva. Como exemplo, temos a estenose da válvula aórtica ou mitral, e a hipertensão arterial.
Deve-se também tratar o coração insuficiente. Para isso, restringe-se a ingestão de sal. É aconselhável emagrecer. Usam-se medicamentos chamados diuréticos, além de outros que agem diretamente no músculo cardíaco ou que corrigem as arritmias existentes.
Com essas medidas, um médico consegue prolongar por anos a vida de um paciente acometido de Insuficiência Cardíaca Congestiva.
Poderá haver necessidade de transplante cardíaco como última solução.

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?265

Enxaqueca


 O que é enxaqueca?

A enxaqueca é uma doença neurológica de diagnóstico clínico com predominância em pessoas jovens, principalmente mulheres, que pode ser prevenida e tratada. É apenas um dos quase 200 tipos de dores de cabeça que existem.

A doença se caracteriza por uma dor latejante que dura de quatro a 72 horas e afeta, em geral, apenas um lado da cabeça, mas pode afetar a cabeça toda. Ela piora com luz (fotofobia), cheiro (osmofobia), barulho (fonofobia) e movimentos (cinetofobia).

Diferentemente do que muitos acreditam, viver com o problema não é comum ou normal. E pior, tentar administrar o dia-a-dia com a enxaqueca pode ser prejudicial à saúde. Ou seja, não tente relevar os sintomas ou medicar-se por conta própria, indiscriminadamente.

De acordo com a Dra. Célia Roesler, neurologista membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, a partir do momento em que o paciente começa a tomar mais de dois analgésicos por semana, ele já deve procurar ajuda médica. “O uso abusivo destes medicamentos pode transformar uma dor de cabeça esporádica numa cefaleia crônica diária, que é uma das mais difíceis de tratar. A automedicação é um problema muito sério”, explica.

Em recente pesquisa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou a enxaqueca como a quarta doença crônica mais incapacitante, atrás apenas da quadriplegia, psicose e demência.

Para o neurologista Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia, a atitude mais correta é procurar um especialista para saber se a dor de cabeça recorrente pode ser diagnosticada como enxaqueca. A partir do diagnóstico, é possível adotar o tratamento preventivo e evitar as crises agudas que
podem até mesmo incapacitar a pessoa para o trabalho, por exemplo.

Como diagnosticar?

Para o leigo, qualquer dor de cabeça é enxaqueca. Só que há variações sintomáticas que podem indicar doenças diferentes. Quando um paciente que nunca teve dor apresenta uma cefaleia súbita e intensa, pode estar com um quadro de aneurisma. Quando a dor é desencadeada por esforço físico, tosse ou espirro, pode ser um tumor.
Se vier com febre, rigidez de nuca e vômito, pode ser meningite. Por isso, é fundamental procurar um especialista para fazer um diagnóstico e adotar o tratamento adequado.

A forma mais comum de enxaqueca é a sem aura. Aura são alterações visuais como pontos escuros, luminosos, linhas em zigzag ou manchas na visão que podem anteceder ou acompanhar a dor de cabeça, duram de 5 a 60 minutos. Na enxaqueca com aura a dor é precedida por alterações visuais ou sensitivas (dormência na mão, braço e língua).

Um alerta importante é que a enxaqueca com aura quando associada ao uso de anticoncepcional pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (derrame). Se, além do anticoncepcional, a paciente for tabagista, o risco é muito maior.

Pior dor que o ser humano pode sentir -Existe uma dor de cabeça que é mais comum nos homens chamada “cefaleia em salvas”. É considerada uma das piores dores que o ser humano pode ter. É uma dor sazonal que pode ocorrer só uma vez por ano ou até a cada dois ou três anos. Dura até três meses e o paciente pode ter de uma a oito crises por dia. É uma dor sempre do mesmo lado, que pega o olho e a têmpora. É como se um ferro em brasa estivesse perfurando o crânio do paciente.

De qualquer forma, o diagnóstico da enxaqueca deve ser feito pelo médico especialista, no caso o neurologista. A enxaqueca é uma enfermidade caracterizada por episódios de cefaleia que variam entre quatro e 72 horas de duração associada a dois dos seguintes sintomas:

- Dor unilateral;

- Dor de intensidade média ou forte;

- Dor latejante ou pulsátil;

- Piora com a movimentação.



E um dos seguintes sintomas:

- Náusea ou vômito

- Fotofobia (sensibilidade à luz) ou fonofobia (desconforto provocado pelos sons).
 Como tratar a enxaqueca?

Quando um médico especialista atende um paciente com enxaqueca, pode indicar dois tipos de tratamentos medicamentosos: o para a crise em si e o preventivo.

O primeiro medicamento é essencial para abortar a crise de dor. No caso do tratamento abortivo das crises, o princípio mais importante na enxaqueca já instalada é que o medicamento seja administrado assim que a dor se manifesta. Aguardar até as dores ficarem mais fortes exigirá doses mais altas dos medicamentos, e mais tempo para aliviar a dor. Podem ser utilizados como abortivos de enxaqueca medicamentos não específicos como analgésicos comuns e antiinflamatórios e medicamentos específicos para a enxaqueca.

Se for necessário o tratamento preventivo, o especialista pode prescrever um medicamento que deverá ser usado diariamente para tentar evitar as crises. O tratamento preventivo pode levar de quatro semanas a três meses para fazer efeito, e poderá durar de seis meses a dois anos. Em média, dois terços dos pacientes que recebem tratamento preventivo apresentam redução de 50% no número de crises.

Para a prevenção da enxaqueca, podem ser utilizados vários medicamentos, e de classes diferentes tais como antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, medicamentos para labirintite etc. A medicação é escolhida de acordo com o perfil de cada paciente. É bom lembrar que a decisão pelo melhor tratamento, preventivo ou abortivo para a enxaqueca deve ser sempre tomada pelo médico. Nunca tome medicamento por conta própria.

Um papel fundamental do especialista é orientar sobre as mudanças nos hábitos de vida, introduzindo técnicas de relaxamento como a Ioga e o Biofeedback.

Outro recurso que tem sido utilizado com sucesso pelos médicos é fornecer ao paciente um diário no qual ele irá anotar todas as vezes que sentiu a dor, sua intensidade, frequência, o que pode ter desencadeado, entre outros detalhes. Com essas informações, é possível identificar os fatores desencadeantes, que podem variar em cada pessoa.
 Prevenção da enxaqueca

Nos dias de hoje, as pessoas vivem continuamente em tensão, dormem pouco, se alimentam mal, trabalham excessivamente e raramente reservam um horário para lazer e atividades físicas. Isso contribui muito para o aparecimento de dores de cabeça; tanto a enxaqueca, como a cefaleia tipo tensional.

Hábitos como privação de sono, pular horário de refeições, o consumo de gorduras, frituras, chocolates, alimentos embutidos, queijos amarelos, molhos vermelhos, frutas cítricas, glutamato monossódico, excesso de fumo e álcool são todos “gatilhos” para desencadear crises de enxaqueca.

É importante que o paciente descubra o que desencadeou aquela dor, porque isso varia de pessoa para pessoa. Alguns podem ter dor quando expostos a odores fortes como perfumes e voláteis (gasolina, éter, cera etc.). Exposição solar e luz forte também podem desencadear crises.

Relaxar no meio do expediente é uma dica infalível para evitar a cefaleia. Se estiver num local onde não possa deitar, vá ao banheiro e permaneça de olhos fechados, controlando a respiração por 10 minutos. Isso ajuda a dar uma pausa e aliviar a tensão que possa provocar a dor. Evitar situações muito estressantes e não acumular trabalho também ajudam a evitar a dor de cabeça causada pelo estresse.

Jogar videogame, navegar na internet ou ver um filme são formas de descansar. Mas passar muito tempo diante de um monitor ou tela pode acabar em dor de cabeça e olhos irritados. Forçar a visão pode provocar dores, por isso, é preciso dar um intervalo para seus olhos. Saia um pouco da frente do computador, desligue alguns minutos o videogame. Feche os olhos e relaxe. Seu corpo agradece.